O que não pode entrar numa clínica de recuperação
Sempre realizamos postagem em nosso BLOG a respeito do processo de internação de pacientes adictos e alcoólatras, mas dessa vez vamos responder a pergunta de nossos leitores sobre o que não pode entrar numa clínica de recuperação? O que é permitido ou não dentro dessas unidades? O que os familiares devem saber antes de fazer as malas do paciente que será internado?
Primeiramente deve-se saber que o período de internação é longo, então as malas devem ser completas, com pelo menos trocas de roupa para os dez primeiros dias. Além do mais, como as visitas normalmente são realizadas depois dos 15 primeiros dias, é importante trazer os produtos de higiene pessoal para suprir essa necessidade. Há instituições em que o prazo para a primeira visita é de 30 dias, então o paciente deve ter todas as suas necessidades supridas neste período e estar com a mala completa.
Para pacientes que são internados involuntariamente, o procedimento é diferenciado. O primeiro passo é colocar o paciente dentro da clínica, então mesmo que tudo tenha sido realizado às pressas, os familiares podem entrar em contato com a assistente social local. Trazer posteriormente os produtos de higiene pessoal e vestimentas em casos específicos de internação é comum. Porém, sem delongas, o que não pode entrar numa clínica de recuperação? Confira a lista dos itens proibidos:
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Drogas e álcool;
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Carteira, dinheiro ou documento*
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Desodorantes que possuam álcool em sua composição;
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Perfumes;
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Acessórios como brincos, anéis, pulseiras, colares ou qualquer material metálico;
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Piercings;
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Doces a base de licor ou álcool;
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Isqueiros diferentes dos tradicionais;
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Isqueiros elétricos;
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Qualquer aparelho de eletrônico como mp3; mp4; iPods que tirem foto ou que possuam câmera;
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Smartwatches ou relógios inteligentes que façam chamadas e possuam câmeras;
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Enxaguante bucal (à base de álcool);
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Qualquer material cortante ou para uso de defesa pessoal como socos ingleses e derivados;
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Cintos para calças ( clínicas psiquiátricas e hospitais);
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Cachecol ( clínicas psiquiátricas e hospitais);
Quando se está internado, o foco é a recuperação individual e no grupo. As unidades restringem certos acessórios e utensílios eletrônicos, pois perante o tratamento, todos são iguais. Além do mais, nada que comprometa a integridade física do paciente e do grupo pode ser disponibilizado. Sendo assim, o que não pode entrar numa clínica de recuperação normalmente está apresentado no contrato de internação no ato do procedimento.
Caso o paciente ou a família traga os materiais não permitidos, normalmente os mesmos são devolvidos e a família é orientada quanto aos produtos corretos. Assim, a recuperação começa de forma eficaz, sem nada que possa atrapalhar o trajeto da evolução do paciente dentro da instituição.
O que é permitido levar em uma unidade de tratamento intensivo?
Assim como citado anteriormente a respeito do que não pode entrar numa clínica de recuperação, disponibilizaremos o que é permitido levar em uma unidade de tratamento intensivo. Assim, quando você for realizar a internação do seu familiar, já saberá de antemão tudo o que é permitido de vestuário, como por exemplo:
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15 camisetas;
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7 cuecas ou calcinhas;
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3 calças jeans;
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5 shorts ou bermudas;
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1 Pijamas;
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7 pares de meias;
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1 Tênis ou Sapatênis;
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3 Calças de moletom;
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3 Blusas de frio como moletom, jaquetas e blusas de lã;
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1 Gorros ou Bonés;
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2 Pares de chinelos ou sandálias
Os produtos de higiene também devem estar dentro dos conformes e serem levados separadamente para a análise no ato da internação. Os monitores ou fiscais irão realizar o procedimento de verificação, então separe corretamente:
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Sabonetes para pelo menos 15 dias;
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Shampoo para 15 dias;
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Protetor Solar;
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Protetor labial (em caso da internação ocorrer no inverno);
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Desodorantes roll on ou em creme;
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Pasta de dentes
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Escova de dentes
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Maquiagem (para unidades femininas)
Levando esses itens sugeridos pelo Grupo Braços Abertos em parceria com o Ache Aqui Clínicas, você não terá surpresas ao realizar a internação e será certeiro no procedimento. Assim, a internação ocorrerá rapidamente e a inspeção seguirá imediata e não haverá intempéries.
Todos são iguais numa clínica de recuperação
Deixar de levar produtos ou acessórios que complementam o visual é uma maneira de igualar todos em prol da mesma determinação, o tratamento. Todos são iguais numa clínica de recuperação. É claro que algumas pessoas têm condições e renda superiores em comparação às demais, mas na unidade o foco é o tratamento igualitário para todos os pacientes. Renda, informação, cor de pele, gênero e orientação sexual não importam.
Perante a adicção, todos são escravos do vício e estão dentro de uma unidade para se tratar. Então, independente de tudo, são iguais e possuem o mesmo diagnóstico, o de dependentes químicos.
Contudo, mesmo com um diagnóstico comum, os pacientes recebem dois tipos de tratamento, sendo um para o grupo e outro individualizado. Com a dependência química sendo o CID igualitário em todos os pacientes na unidade, cada indivíduo tem um gatilho, um sentimento e um comportamento diferenciado com relação ao consumo da substância de escolha. Desta forma, necessitam de apoio técnico especializado por parte de um profissional da saúde mental.
Além disso, não é permitido levar numa clínica de recuperação: a arrogância, a intolerância, o racismo, a homofobia, a desonestidade, o egoísmo, o contar vantagem, a fofoca, o machismo, o bullying e a perversidade.
Por mais que atitudes como essas sejam comuns em pacientes que são usuários de drogas, ir para uma unidade de tratamento envolve deixar para trás o passado sombrio e focar em um novo recomeço. Se lapidar é extremamente importante para criar um novo foco, o da recuperação individual.
A empatia, os sorrisos, elogios, otimismo, viver o presente, encarar os problemas como desafios, estar aberto a novas ideias, aceitação das pessoas como elas são, valorização do caráter, da moralidade, da ética comum e criar intenções boas para consigo e com os demais são bem vindas em todo o decorrer do recurso terapêutico.
Todos são iguais numa clínica de recuperação, assim é importante que o paciente reflita, valorize a si mesmo e a família. Entenda que o tratamento medicamentoso ajuda em 90% dos casos evitando que o paciente não sinta fissuras pela falta da droga. Além do mais, todos os profissionais em uma unidade estão dispostos a fazer sua parte para que haja uma recuperação diversificada em todos os aspectos físicos e mentais dos envolvidos.