A dependência química é apenas resultado de um comportamento perigoso que é um dos fatores que contribuem para o abuso e dependência de substâncias. Sendo assim é uma doença perigosa, progressiva e pode acarretar em fatalidade por overdose. Muitos dos estudos nas décadas passadas, reiteraram a dependência química da classificação de “sem vergonhice” para uma doença caracterizada por ser um dos transtornos da mente.
Estudos atuais de diversos centros de pesquisa ao redor do globo, a partir de diversos grupos de usuários e dependentes, fizeram descobertas incríveis sobre como a dependência química evolui e como uma pessoa que aparentemente nunca foi viciada em uma substância, cria um apego inestimável a outra. Será uma questão química ou uma questão comportamental?
Para poder se entender um pouco mais sobre tal situação, vale ressaltar que os dependentes químicos seguem uma mesma tendência. Mesmo que no início de consumo ou apego a substâncias existe um procedimento evolutivo da doença. De uso esporádico social a um isolamento e como resultado um uso abusivo e fatal.
O Grupo Braços Abertos, em sua vasta experiência no tratamento de pessoas com problemas de narcóticos, sabe a real situação que envolve todos os processos evolutivos das pessoas que têm distúrbios comportamentais de apego à substâncias psicoativas. Esse tipo de apego vêm como resultado de um comportamento, o comportamento adictivo.
Já citamos diversas vezes em nossos artigos sobre a doença do comportamento adictivo aliado ao consumo de substâncias psicoativas, é um nome científico para pessoas que são dependentes quiḿicas e usuárias de drogas. Entretanto nunca fomos tão afundo para falar desse tipo de temática comportamental. Vamos ir mais fundo hoje nas questões psicológicas e nos aprofundar mais sobre os fatores que contribuem para o abuso e dependência de substâncias.
Comportamento Adictivo e Fragilidades
“O Adicto é aquele indivíduo que, desde a infância, apresenta comportamentos adoecidos por aspectos compulsivos e obsessivos. A inveja, o isolamento, o egocentrismo, características de arrogância e prepotência, dificuldade em lidar com crenças, dificuldade em verdadeiramente interagir com a transcendência e com o Divino. Hiperatividade exacerbada, Déficit de Atenção (TDAH), independência social precoce também são características pueris que podem se relacionar diretamente com comportamentos ditos adictivos.”
(Fonte: Antidrogas – Esclarecendo a dicotomia entre adicção e dependência química – Site: <https://www.antidrogas.com.br/2016/07/21/esclarecendo-dicotomia-entre-adiccao-x-dependencia-quimica/>)
Esses comportamentos adoecidos e incoerentes surgem com o intuito de suprir algumas fragilidades emocionais em relação a algum contexto específico. O próprio site do Antidrogas cita diversas vezes que o comportamento adictivo é um comportamento que, desde muito pequeno o indivíduo começa a experimentar e que acaba por se acostumar com ele, trazendo-o para a vida adulta onde pode se tornar um adulto emocionalmente frágil e abalado.
Normalmente, em estudos publicados, sugerem que pessoas que possuem esses tipos de comportamentos adictivos são fruto de lares conturbados e emocionalmente fragilizados. Esse comportamento é um tipo de vício comportamental que faz com que o indivíduo suprima certas emoções desconfortáveis como o de impotência perante a situação de vida. Entretanto, esses comportamentos não são benéficos para os indivíduos.
São comportamentos reconfortantes que fazem com que o problema seja esquecido, mas não de fato enfrentado. Por exemplo, uma criança que começa comer demais com o intuito de esquecer algum tipo de trauma, ou sensação de abandono, apesar de reconfortante no curto prazo, traz sérios prejuízos à saúde a longo prazo, por exemplo uma obesidade.
Fatores Perigosos
A periculosidade que envolve o comportamento adictivo é a maneira como eles são apresentados: de forma compulsiva e obsessiva. Muitas pessoas que sofrem com TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) criam um conjunto de comportamentos ou “manias” que surgem com um objetivo principal, suprir certas emoções e fragilidades ou sensações de desconforto.
“As manias, muitas vezes, são rituais repetitivos movidos por superstição. Quando estas manias se tornam muito constantes ou se deixar de fazê-las gera algum sintoma físico e/ou psicológico, então elas são resultado do transtorno obsessivo compulsivo.
Quais são as causas dos transtornos obsessivos compulsivos?
O TOC pode estar associados com fatores biológicos, envolvendo questões genéticas e neuroquímicas do cérebro, e psicológicos, como problemas para lidar com inseguranças e ansiedades.” (Fonte: Pfizer – Transtorno Obsessivo Compulsivo – Site: <https://www.pfizer.com.br/sua-saude/sistema-nervoso-central/transtorno-obsessivo-compulsivo-toc>)
E é justamente aí que se deve tomar o cuidado. Usar de comportamentos obsessivos e compulsivos com o intuito de suprir sensações desconfortáveis facilmente pode ser trocado por outras atitudes como compras, sexo e substancias psicoativas. Sendo assim, o indivíduo pode suprir tal sensações com esses comportamentos e, desta forma lesar ainda mais seu organismo ou sua própria vida.
Um Tratamento Efetivo
Para realizar o tratamento efetivo desse tipo de comportamento, ainda mais se a pessoa se torna um dependente químico, é tratar a causa e o porquê desse comportamento surgir. Sendo assim, como citado anteriormente no começo deste artigo, tal doença – dependência química – não é uma “sem vergonhice”.
Ela é uma doença onde o comportamento adictivo leva o indivíduo a escolher uma substâncias ou um conjunto de substâncias psicoativas que fazem com que sejam supressoras emocionais de certas ocasiões da vida. Por isso o tratamento não é milagroso e não é rápido. É um tratamento que demanda treino e empenho do paciente, pois necessita reformular esses comportamentos.
Muitas das instituições de tratamento fazem um acompanhamento da parte psicológica do adicto justamente para tentar entender quais são as fragilidades emocionais que ativam esse comportamento que, na maioria das vezes, ativam outras atitudes que podem ser autodestrutivas, como o uso abusivo de narcóticos.
Por fim, dentro de nossas instalações, o dependente químico fará uma nova jornada de recuperação. O Grupo Braços Abertos proporciona ao indivíduo que sofre com a dependência química um conjunto de fatores de estudo da dinâmica da doença e do comportamento adictivo. Grupos de apoio (NA e AE), rodas de conversa, conversa com psicólogos e médicos preparam os indivíduos para as futuras intempéries da vida. Cada dia é uma jornada nova, um desafio, um novo mundo a ser explorado. E limpo, o indivíduo está mais suscetível a vencer ao invés padecer perante o vício.