A cannabis sativa nunca esteve tão em alta, mas a discussão se a legalização da maconha no Brasil será uma solução ou problema ainda continua. Com taxas de dependência entre 10% além do THC estar aumentando consideravelmente por conta do seu modo de cultivo, ainda é um perigo falar que estamos preparados para o uso recreativo legalizado.
Mas mudar essa realidade com a PL 399/15 é uma forma de transformar a visão da justiça sobre o crime de plantar maconha com fins medicinais e de pesquisa. O projeto é interessante e está em alta pois está tramitando na Câmara. Confira nesta matéria do Grupo Braços Abertos tudo sobre a maconha em 2022.
Por que a maconha está tão em alta?
Existem algumas questões que deixaram a Cannabis sativa em evidência nesse período pós pandemia. O primeiro deles foi o aumento no consumo e no número de usuários, em seguida as descobertas sobre o lado bom da planta e o substrato CDB, benéfico para várias doenças. Em terceiro lugar, o número de países que legalizaram a maconha aumentou, de 8 para 9.
Esses fatores contribuem para que a planta seja amplamente pesquisada, além de questões sociais sobre o processo de legalidade dela em território nacional. Mas será que a legalização da maconha no Brasil será um problema ou solução? Antes de darmos uma resposta final para essa matéria do Grupo Braços Abertos, vamos abordar o lado bom e lado ruim da Cannabis, além de adentrarmos em questões sociais sobre a droga no Brasil.
O que é THC?
Composto chamado de tetra-hidrocanabinol, popularmente mais conhecido como THC, é o responsável pela vibe da maconha. Ela é encontrada em todas as partes da planta, especialmente em sua forma natural nas flores e resinas. Contudo a sua concentração pode variar dependendo do solo, clima, época de colheita, tipo de plantação e cultivo, além de colheita.
Dos alucinógenos da planta o THC é o mais potente e seus efeitos modificam a atividade cerebral, perturbando o sistema nervoso central. Fazendo com que o usuário tenha delírios e alucinações, além de se sentir relaxado.
A maconha está ficando mais forte, potente e viciante
O uso recreativo é ilegal nos EUA para menores de 21 anos, mas produtos com alto teor e taxas de THC estão mais acessiveis levando adolescentes a relatar vício, vomitos e psicose. Em matéria da Folha de São Paulo, a concentração desse tipo de cannabis é altamente potente e os níveis de THC estão em torno de 17%. Bem superiores aos comuns onde a concentração é de apenas quatro por cento. Porém, os desenvolvedores de produtos a base do THC da planta conseguiram uma concentração de 95% desse substrato, algo extremamente prejudicial para a saúde e altamente viciante.
O que é CDB?
Em contrapartida, o Canabinol (CDB) é uma molécula ativa encontrada na cannabis que inclui tanto a maconha quanto o cânhamo. Ao contrário do THC que dá a brisa, o CDB pode ser um poderoso agente regulador do SNC além de ser altamente eficaz contra alzheimer, convulsões, parkinson, demência, ansiedade, agitação, irritabilidade, irritação na pele, dermatites e outros.
Países que legalizaram a maconha
Em 2018 dois novos países legalizaram a maconha como uso recreativo, a Geórgia e a África do Sul. No primeiro as penalidades criminais sobre o uso da maconha foram eliminadas, além de introduzir uma legislação que permite a exportação da erva. Em março de 2021 o méxico também aderiu ao uso recreativo privado de cannabis por adultos. Ao todo hoje no mundo os países em que usar cannabis não é crime são:
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EUA
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Holanda
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México
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Georgia
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África do Sul
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Uruguay
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Jamaica
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Portugal
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Canadá
Dá pra legalizar a maconha no Brasil?
Em 2021, depois de seis anos de tramitação, o PL 399/15 entrou na pauta do Congresso Nacional. Ele visa autorizar o uso da cannabis para fins medicinais e científicos. Assim, especialistas debatem a legalização da maconha no Brasil, mas essa PL não descriminaliza o uso recreativo. Ou seja, não está liberada em sua totalidade para consumo pleno na sociedade, de modo que você não vai poder fumar na rua ou comprar em pontos específicos.
A PL 399/015 busca legalizar o cultivo dessa planta no país exclusivamente para fins medicinais, científicos, veterinários e industriais. Com a aprovação de medidas que viabilizem o desenvolvimento de medicamentos à base de princípios ativos da cannabis. Isso reduziria o custo de importação em diversos setores, além de incentivar pesquisas científicas sobre a planta.
O Brasil ainda é um país que, por mais que seja proibido o porte, consumo e distribuição de muitas das drogas em seu território, ainda tem diversos problemas de violência e tráfico relacionados a entorpecentes. Não é liberando assim de uma hora para outra que tudo se resolveria. Ainda precisamos de uma política antidrogas incisiva no combate à sua venda e consequentemente, uma demanda menor, o que não é o caso. A legalização da maconha para uso recreativo na situação atual, ainda seria um grave problema.
Taxas de dependência de maconha são altas no país inviabilizando a legalização de uso recreativo
São 7,7% dos brasileiros que usaram maconha pelo menos uma vez segundo o levantamento nacional e segundo pesquisa da Fiocruz publicada no portal Agência Brasil. Cerca de 17 mil pessoas com idades de 12 e 65 anos foram entrevistadas entre maio e outubro de 2015, dados levantados que levaram ao resultado já esperado pelos cientistas. Além disso, estima-se que o vício em maconha ainda é incerto, mas os números sugerem ao menos 10% de taxa de dependência.
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