A dependência química é uma doença, mas há delimitações entre a ultrapassagem do vício para a dependência. Assim, vale ressaltar as diferenças entre ambos e entender que quando o hábito tem uma característica de submissão, ele já é uma doença.
Com essa matéria do Grupo Braços Abertos você pode saber tudo sobre dependência química, reabilitação e os tipos de tratamento para o paciente que tem laudo de adição. Além do mais, saber que existem unidades que apoiam a recuperação da doença, é um meio de prover cuidados e recursos terapêuticos.
Vício e dependência, tem diferença?
Existe uma diferença entre ambos mesmo porque o vício não está atrelado somente a hábitos negativos, por exemplo: “ela é viciada em leitura, natação e corrida”. Diferentemente da dependência, palavra com designação negativa para algo, o vício não tem caráter de submissão e escravidão como a dependencia.
O vício, no aspecto negativo, pode ser um mau hábito, onde pode trazer prejuízos a quem o tem, mas é considerado mais leve. Ele pode ser exemplificado como roer unhas, ser muito organizado, beber todos os finais de semana, ou fumar um cigarro pela manhã todos os dias.
Já a dependência, diferentemente do vício, tem um caráter submisso onde a pessoa perde o controle e, mesmo sabendo dos prejuízos associados ao uso de certa substância, não consegue parar de usar.
Quando o vício vira dependência?
O vício se torna dependência quando justamente o poder de escolha do usuário é perdido. Por mais que tente se libertar do uso da substância psicoativa, a pessoa praticamente não consegue tomar uma decisão assertiva por conta própria. Um exemplo comum onde o vício se torna dependência é o hábito de fumar.
Inicialmente a pessoa começa a fumar com os amigos, em festas. Posteriormente começa a comprar maços de cigarro e quando se dá conta já está fumando uma carteira de cigarro por dia. Assim, mesmo sabendo dos prejuízos do cigarro, a pessoa tem dificuldades de largar por conta da dependência.
A dependência química é uma doença?
A dependência química é uma doença e tem CID próprio, caracteriza-se por um transtorno mental e comportamental oriundo do consumo de substâncias psicoativas de modo compulsivo, obsessivo e sem controle. Assim, a pessoa que faz o consumo dessa substância, independentemente de licitude da mesma, sofre dos prejuízos perdendo saúde física e mental.
Quando vira doença, tem cura?
Quem usa droga por vezes, quando fica sem a substâncias pode ficar doente pela sua ausência. Fazendo mal para si mesmo ou até para outras pessoas. Qualquer pessoa que faz uso de drogas corre riscos, porém um dos riscos mais importantes é o de vir a tornar-se dependente.
Uma doença grave, que modifica o modo que o dependente percebe o mundo, as pessoas e sua relação com as substâncias, além de perder o controle sobre o uso, o mal estar psíquico por conta da falta da droga, leva usuários a cometerem o impossível para conseguir a próxima dose.
Roubar, assaltar, vender as coisas de casa, entrar para o tráfico de drogas e outros, são exemplos do que alguns usuários chegam a fazer para manter o uso da substância. Uma curiosidade e ao mesmo tempo um dado importante, é que segundo o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) é 1 em cada 4 presos que reincide no sistema é dependente de alguma droga ilícita como maconha, crack ou cocaína.
Quais são os tratamentos para a dependência química?
Agora que sabemos que dependência química é doença, e que não está apenas ligada à uma pessoa em si, mas a um conjunto de fatores que estão correlacionados com lugares, pessoas e hábitos. Os usuários de drogas podem se beneficiar da recuperação com tratamentos que auxiliam na melhora do quadro, mas o principal é ficar abstinente da substância.
Quando a pessoa não tem a droga, normalmente sente fissuras. Esta é uma vontade incontrolável de usar e que pode levar os usuários a cometer o impossível para consumir a substância. Por conta disso o tratamento medicamentoso, ameniza a fissura e os sintomas de abstinência, baixando a ansiedade e consequentemente trazendo consciencia para o dependente.
A psicoterapia é um meio de ajudar a pessoa a identificar seus gatilhos. Além do mais, trata as dores e desconfortos individuais, que podem ser os principais motores da adição. Com a psicoterapia e a terapia cognitivo comportamental o usuário cuida da saúde mental como um todo.
Narcóticos Anônimos, Alcoólicos Anônimos e Amor Exigente são formas de ajudar o dependente químico e suas famílias. Nos dois primeiros, os usuários em recuperação criam um meio de se ajudar mutuamente, com o apadrinhamento dos mais novos por pessoas mais tempo em recuperação.
Já no Amor Exigente, é um grupo que auxilia as famílias a lidarem com os problemas da adição. Mães e pais que têm familiares ou filhos usuários de drogas podem receber apoio de modo a não se tornarem codependentes e ao mesmo tempo lidarem com mais frieza com a doença da dependência química.
Quem tem fé em alguma coisa pode ter fé em si mesmo. Transcender a barreira do divido com uma ideia de decência é um meio de ter e prover a espiritualidade. A religiosidade é uma coisa, a espiritualidade é outra. Espiritualizar-se é acreditar em algo maior, de modo positivo e que transcenda a nossa percepção de físico.
A rede de apoio pode ser qualquer tipo de pessoa que ajude na recuperação, podendo ser a família, a escola, os pedagogos, os bons amigos, psicólogos, assistentes sociais, grupos de apoio e derivados.
Internação: um meio para tratar pacientes crônicos
A internação em unidades de terapia intensiva, clínicas e hospitais psiquiátricos é uma forma de ajudar o dependente químico a se reestruturar fisicamente e mentalmente. Pessoas que possuem problemas de uso crônico e não conseguem ficar abstinentes sozinhas, além de estarem acumulando prejuízos em todas as esferas, devem ser internadas em clínicas de recuperação.
Assim independentemente do tipo de tratamento, seja voluntário ou involuntário, o paciente está alocado em um lugar de reabilitação intensiva 24hrs por dia, sete dias por semana cuidando da saúde física e mental..
Grupo Braços Abertos no combate a dependência química.
O Grupo Braços Abertos é a maior plataforma de encaminhamento e direcionamento de pacientes masculinos e femininos do estado de São Paulo. Com a nossa plataforma, a família pode ficar tranquila quanto ao tipo de tratamento prestado, já que nossos agentes se incumbem de filtrar o procedimento de internação desde a primeira ligação.
Com a nossa equipe especializada, direcionamos o paciente para a unidade que melhor irá tratar do tipo de dependência, seja alcoólica ou cruzada com drogas ilícitas. Consequentemente, temos unidades especializadas no tratamento de pacientes com comorbidades mentais sendo: esquizofrenia, TAG, TAB e borderline. Entre em contato e surpreenda-se.