O portal The Green Hub fez uma publicação sobre o canabinol como super herói na indústria da beleza, assim, cosméticos à base de cannabis: um mercado a todo vapor e que está em alta no momento. Fique por dentro de assuntos como esse na página do Grupo Braços Abertos e saiba que nem todas as propriedades das drogas fazem mal para o organismo, se processadas da maneira correta pela indústria farmacêutica e cosmética.
Fora do país, as gigantes Avon e Tresemmé possuem produtos a base de canabidiol, um composto derivado da Cannabis sativa e com propriedades cosméticas. A Você S/A fez uma publicação a respeito de como andam as pesquisas dessa propriedade na área dos cosméticos. A The Body Shop lançou em 1998 a linha Hemp Hand Protector, um tipo de hidratante para as mãos a base da extração de produtos da maconha, o CDB.
Esse óleo com propriedades terapêuticas é utilizado em diversos setores industriais. Existem tecidos que são produzidos a partir desse extrato, assim como remédios para doenças como epilepsia, alzheimer e esquizofrenia. Deste modo, diversas marcas de cosméticos, através do investimento em tecnologia para a extração e utilização desse subproduto da maconha, realizaram o investimento. Empresas como a Kiehl ‘s, L’Oréal, Tresemmé, Avon e até mesmo a Natura estão fazendo esse processo.
É comprovado cientificamente que o CDB é um produto eficaz para diminuir o envelhecimento da pele, além de controlar as doenças como psoríase, acne e rosácea. A dermatologista Juliana Piquet, em entrevista à Veja, alertou: as pesquisas estão no começo, com ensaios clínicos, mas é preciso aprofundar-se no mundo da Cannabis sativa, assim como o potencial do seu substrato, o CDB.
- No Brasil
Diferentemente de outros países, em que há regulamentação para o plantio da cannabis para a utilização dos seus subprodutos, aqui isso é proibido. Fabricar, comprar ou vender qualquer tipo de produto ou cosmético à base da “erva”, é crime. Na legislação brasileira têm apenas uma ressalva: “uso medicinal derivados do cânhamo” – podendo importar remédios com o CDB como princípio ativo.
Será que essa onda pega ou os cosméticos a base da maconha são puro marketing
Em diversas matérias sobre cosméticos à base de cannabis: um mercado a todo vapor, salienta-se que há uma onda de adesão das gigantes dos cosméticos à produção desses produtos, mas será que essa onda pega ou os cosméticos à base da maconha são puro marketing. Essas empresas estão entrando no ramo justamente para incitar o consumo e vender mais?
O portal The Green Hub apresentou que há chances da produção artificial de CDB sem o THC a partir de uma síntese química. Porém, tal procedimento está contra o processo de extração por parte da indústria já que se elevam os custos, o que resultaria em um produto final fora dos padrões do mercado.
“A principal adversidade para o substrato da Cannabis sativa na França é que o governo e suas regulamentações e legislações vão na contramão da proposta, com 0% de THC na linha cosmética. Pensamento contrário das grandes marcas” – Olivier Chauve, presidente da Spectrums Europe.
A demanda para produtos de beleza oriundos dos extratos da maconha é exponencial. Segundo o portal Mercado Consumo, o Brasil tem potencial de movimentar em torno de R$45 bilhões nas áreas medicinais, de cosméticos, alimentos e bebidas em dez anos.
É um mercado totalmente novo, sem nenhuma empresa que produz e vende esses produtos. Imagine ser o primeiro a ingressar, o quanto será a lucratividade da empresa “inovadora” a desenvolver os cosméticos?
A pressão é tanta que a Anvisa está realizando consultas públicas baseadas na regulamentação, cultivo controlado de Cannabis sativa para uso medicinal e científico. As propostas estão sendo realizadas pautadas no sucesso de medicamentos para alzheimer, esquizofrenia e câncer. Se a importação é legalizada, porque não produzir aqui e incentivar a indústria? (Fonte: Mercado Consumo)
Portanto, os cosméticos à base de cannabis: um mercado a todo vapor, contempla brechas no mercado de produtos à base de “erva”, algo que há demanda, mas que não há produto. Assim, as empresas tentam desmistificar o uso desses produtos, para forçar a mudança da legislação brasileira.
A utilização da cannabis na indústria farmacêutica
Será que essa onda pega ou os cosméticos à base da maconha são puro marketing? Ou será que através disto, e com o afrouxamento das leis a respeito da maconha, a utilização da cannabis na indústria farmacêutica seria interessante para o Brasil?
No site Cannabis & Saúde existe uma publicação onde há uma lista de 30 doenças e tratamentos possíveis com a “erva” de maneira medicinal. É listado que há eficácia no tratamento de um conjunto de doenças e transtornos mentais com a cannabis sendo elas: acne; anorexia; ansiedade; alzheimer; artrite; artrose; autismo; câncer; dependência química; depressão; dermatite; diabetes; dores neuropáticas; endometriose; epilepsia; esclerose; fibromialgia; doença de Crohn e colite ulcerosa; glaucoma; HIV; insônia; lesões musculares; obesidade; osteoporose; paralisia cerebral; parkinson; psoríase; TEPT e TOC.
O mais interessante de todos, é o óleo de cannabis para pacientes que sofrem com Alzheimer. Em torno de 50 milhões de pessoas no mundo sofrem com essa doença cruel e que infelizmente gera um mal estar familiar. No Brasil, de acordo com a OMS, o número de indivíduos que têm demência irá triplicar até 2050. Por conta disso, com comprovação científica por pesquisadores dos EUA e Europa sobre o óleo de cannabis, investir em pesquisa e aprimorar o produto, é um meio de atender a demanda de forma eficaz.
“A planta não cura o Alzheimer, mas ameniza o quadro de agitação e confusão mental, assim como a socialização do paciente. Melhora o apetite, a insônia e oscilações bruscas de humor.”(Fonte: Fausto Macedo; O Estadão)
Por fim, podemos dizer que o mercado para os substratos da maconha no país são segmentados, mas possuem potenciais chances de investimento. Cosméticos à base de cannabis: um mercado a todo vapor, é apenas um dos nichos que podemos contemplar com a mudança da legislação. Porém, teremos que esperar os próximos capítulos dessa novela que envolve leis, indústrias e regulamentações.