Existe remédio natural para dependência da maconha? As abordagens tradicionais para tratar a dependência da maconha incluem uma variedade de métodos, como medicamentos, terapias e internação em clínicas especializadas.
No entanto, a busca por alternativas naturais tem ganhado destaque. Recentemente, pesquisas têm explorado o uso de substâncias derivadas da própria planta, como o nabiximol, um spray que contém THC e CBD, que visa aliviar os sintomas de abstinência e diminuir o consumo da droga.
Apesar de promissores, esses tratamentos ainda são considerados experimentais e requerem mais estudos para validar completamente sua eficácia e segurança.
Por isso, se você quer descobrir se realmente existe uma medicação natural para o tratamento da dependência de maconha, continue a leitura e descubra mais sobre esse tema intrigante. Boa leitura!
O que é a maconha ou cannabis sativa?
Maconha, também conhecida como cannabis, é uma planta cujas partes secas, como as folhas, são frequentemente usadas por suas propriedades psicoativas, causadas principalmente por uma substância chamada THC.
Normalmente, é usada tanto recreativamente para alterar os sentidos e o humor quanto medicinalmente para aliviar a dor e outros sintomas.
O que acontece com o seu corpo quando você fuma maconha?
Quando você fuma maconha, seu corpo passa por várias mudanças quase imediatas.
O principal ingrediente ativo, o THC, afeta diversos sistemas do seu corpo. Vamos entender um pouco melhor o que acontece:
- Absorção rápida: o THC é absorvido rapidamente pelos pulmões e entra na corrente sanguínea, indo diretamente para o cérebro e outros órgãos.
- Efeito no cérebro: no cérebro, o THC se liga a receptores específicos, causando a sensação de euforia ou o “barato”. Isso pode alterar sua percepção, humor e comportamento.
- Aumento da frequência cardíaca: pouco tempo depois de fumar, sua frequência cardíaca pode aumentar por até três horas. Isso é um risco aumentado para problemas cardíacos.
- Olhos vermelhos: o THC causa dilatação dos vasos sanguíneos nos olhos, o que os faz parecer vermelhos.
- Boca seca: também conhecida como “boca de algodão”, é um efeito comum devido à redução na produção de saliva.
- Aumento do apetite: a maconha pode aumentar o apetite, um fenômeno frequentemente chamado de “larica”.
- Resposta motora reduzida: pode haver uma diminuição na coordenação motora e na reação aos estímulos, o que pode afetar atividades como dirigir.
- Sensações intensificadas: muitos usuários relatam que os sentidos, como visão, audição e tato, são amplificados.
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É possível ficar viciado em maconha?
Sim, é possível ficar viciado em maconha. Segundo o G1, o risco de desenvolver uma dependência é real e afeta uma parcela dos usuários.
Estudos indicam que cerca de 9% dos usuários de maconha podem desenvolver dependência.
Esse risco aumenta se o uso começar em uma idade mais jovem, especialmente antes dos 18 anos, e se a maconha for usada frequentemente ou em grandes quantidades
Quais são os sintomas da dependencia da maconha
Os sintomas da dependência de maconha podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem uma combinação de sinais comportamentais, físicos e psicológicos:
- Comportamentais: continuação do uso apesar de consequências negativas, como problemas legais, financeiros ou de relacionamento. Há também um grande tempo gasto em atividades necessárias para obter a droga, usá-la ou se recuperar de seus efeitos.
- Físicos: crises de abstinência que podem incluir sintomas como irritabilidade, ansiedade, insônia, perda de apetite e depressão. Além disso, o uso frequente pode levar a náuseas e vômitos intensos, problemas respiratórios como bronquite crônica e até infertilidade.
- Psicológicos: alterações de humor, diminuição da capacidade de concentração, memória e raciocínio, e em alguns casos, exacerbação de condições como esquizofrenia e depressão.
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Dependência química: onde as medicações atuam?
Os medicamentos utilizados para tratar a dependência química atuam de diversas formas no corpo, visando aliviar os sintomas de abstinência, reduzir a fissura pela substância e ajudar a restaurar o equilíbrio químico normal do cérebro.
Por exemplo, para a dependência de opioides, medicamentos como a metadona ou a buprenorfina são comuns; eles ajudam a normalizar as funções do cérebro e reduzir os desejos.
Para a dependência de álcool, remédios como a naltrexona e o dissulfiram são usados para controlar a vontade de beber e promover a abstinência.
Além disso, ansiolíticos e antidepressivos podem ser prescritos para ajudar a gerenciar a ansiedade e a depressão que muitas vezes acompanham a recuperação da dependência.
O tratamento medicamentoso é geralmente combinado com terapias psicológicas, como a terapia cognitivo-comportamental, que ajudam a tratar as causas subjacentes do vício e a promover mudanças comportamentais sustentáveis
Existe remédio natural para dependencia da maconha?
Não existe ainda um remédio natural para a dependência da maconha. No entanto, segundo um estudo publicado na VEJA, pesquisas estão explorando o uso de substâncias derivadas da própria maconha, como o nabiximol, um spray que contém THC e CBD, para ajudar a reduzir a dependência.
Além do mais, o nabiximol tem sido estudado principalmente para aliviar os sintomas de abstinência e diminuir o consumo da maconha em pessoas que buscam reduzir ou cessar seu uso.
Esses estudos indicam que pode haver um potencial terapêutico nesse tratamento, mas ainda é considerado experimental e deve ser acompanhado de psicoterapia.
Tratamentos para dependência da maconha
Tratamento medicamentoso: utilização de medicamentos para gerenciar os sintomas de abstinência e reduzir a fissura pela maconha.
Alguns estudos têm explorado o uso de substâncias como o THC em formas menos concentradas para ajudar na redução do consumo.
Clínicas de recuperação: internação em clínicas especializadas que oferecem um ambiente controlado e apoio profissional contínuo.
Estas clínicas proporcionam uma combinação de tratamentos médicos e terapêuticos para ajudar os indivíduos a superarem sua dependência.
Terapia com psicólogo: abordagens psicoterapêuticas, incluindo terapia cognitivo-comportamental, que ajudam a modificar os padrões de pensamento e comportamento associados ao uso de substâncias.
Acompanhamento psiquiátrico: supervisão e tratamento por um psiquiatra, que pode incluir a prescrição de medicamentos para tratar qualquer co-morbidade psiquiátrica e apoiar o processo de recuperação.
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