Que a dependência química é um transtorno mental e que faz mal para o indivíduo e para as pessoas que o circundam, a gente já sabe, mas é interessante reforçar a ideia partindo do pressuposto quando alguém como um psiquiatra comenta os efeitos da dependência química no corpo humano.
Levantamentos de estudos desde as décadas de 50 em diante à respeito sobre à dependência química foi trazendo à tona questões importantes sobre aspectos importantes como o apego à substância e o comportamento do indivíduo no pré-uso e pós uso.
Além do mais, as epidemias de estimulantes que os EUA enfrentaram na década de 80 foram fundamentais para designar à doença em 2001 a categoria de transtorno mental.
Portanto, é interessante ressaltar que é um transtorno mental sim e que precisa ser dado a devida atenção, principalmente no que se diz respeito à cuidados, justamente caso sejam procrastinados os mesmos, a doença evolui de forma considerável e, o paciente pode em casos mais extremos, chegar a óbito.
Entretanto caso isto não ocorra o mesmo vá a ruas por questão de abandono da família, ou saia de casa por questões da própria substância, aí o estado tem de intervir.
Em situação de rua, a aglomeração de pessoas que são dependentes de múltiplas drogas ou dependentes químicas cruzadas de álcool e drogas tendem a manter um meio turbulento onde a violência, o tráfico e outras questões que envolvem segurança pública ficam desestruturadas. Um bom exemplo disso é a cracolândia, que vem fazendo aniversário anos após anos.
Puxando para a temática do indivíduo, como as drogas agem no corpo
Se o problema social que as drogas trazem tem consequências terríveis, puxando para a temática do indivíduo, como as drogas agem no corpo é interessante ter uma visão médica especializada quando um psiquiatra comenta os efeitos da dependência química no corpo humano. Reforçando a ideia inicial da necessidade da conscientização da problemática que envolve as drogas.
O vídeo em questão está no canal Saúde e Mente postado no Youtube pelo Médico Psiquiatra Marco Antônio Abud, falando sobre a dependência química mas com um enfoque especial nas drogas crack e cocaína, as duas maiores substâncias que assolam o Brasil e que são as que mais lotam as clínicas de recuperação em todo o país.
A temática surgiu quando em participação do programa Superpop da Luciana Gimenez quando a conversa tomou um rumo falando sobre a atuação do ator Marcos Pajé com a interpretação do Palhaço Bozo na década de 80.
O médico relata em seu canal no Youtube que ficou bastante surpreso ao saber que o Palhaço, cujo assistia na TV e que sequer passava em sua cabeça, era uma pessoa que sofria com esses problemas.
Em nota na, o médico salientou que o Brasil, infelizmente, é o maior mercado consumidor de crack do mundo, além do mais, acrescenta que o crack é a substância que mais causa dependência. Em média 70 por cento das pessoas que usam o crack, vão se tornar dependentes, ou seja, taxas altíssimas.
Abud em nota, fala sobre o córtex pré-frontal, onde é o sistema de recompensa do cérebro. E mostra sua a importância dessa parte no conjunto de formação da nossa estrutura cerebral, além do mais, fala que é exatamente aí que essas drogas agem.
E infelizmente, as drogas como estímulo externo fazem isso com uma potência muito grande e com muita intensidade, fazendo com que o prazer seja liberado de forma intensificada.
Nós já falamos sobre isso em alguns artigos nesta página, mas é interessante salientar que quando um psiquiatra comenta os efeitos da dependência química no corpo humano, essa ideia não está partindo de um senso comum, mas sim de uma profissional da saúde que fala com prudência sobre o assunto.
Com uma observação muito importante, Abud demonstra um exame de Pet Scan cerebral de uma pessoa que faz o uso de cocaína ou crack e demonstra as atividades cerebrais dessa pessoa, justamente para demonstrar o quanto o cérebro é ativado e estimulado durante o efeito da substância.
Entretanto, quando se há a baixa da substância no organismo, ou seja, quando passa o efeito e o indivíduo não tem mais a sensação da narcótico no corpo, é como se o cérebro desligasse algumas funções importantes na área frontal, o que significa que a parte que envolve o planejamento, a organização de tarefas fica consideravelmente COMPROMETIDA.
Capacidade de lidar com impulsos de maneira deficitárias
Outra questão importante que o psiquiatra comenta os efeitos da dependência química no corpo humano quando ele vai puxando para a temática do indivíduo, como as drogas agem no corpo é outra comparação com relação ao cérebro normal e o cérebro de um indivíduo que está há 10 dias limpo da cocaína, e o resultado é que ainda há capacidade de lidar com impulsos de maneira deficitárias
E uma vez que a pessoa que está com essas capacidades reduzidas, sentindo angustiado e com muita fissuras e impulsos à flor da pele, a chance do indivíduo recair na droga de escolha é grande. Por isso que existe um ciclo de uso da droga.
O que é conhecido de maneira padrão por N.A e A.A, mas quando a questão é biológica e técnica, envolvendo a capacidade de lidar com impulsos de maneira deficitária, é muito interessante aprender sobre para evitar manter esse ciclo.
100 dias limpo mas que ainda estão longe da normalidade
Em nota, ao final do vídeo do Youtube, Abud salienta que mesmo com um tempo limpo, os 100 dias limpo, mas que ainda estão longe da normalidade é algo a se refletir quando o assunto é drogas estimulantes dessa parte do cérebro.
Por isso vale ressaltar que, as clínicas de recuperação não são lugares que as pessoas estão para tirar férias e ficar longe do mundo isoladas. Estão lá para se desintoxicar, aprender técnicas importantes de ressaltar o pensamento e controlar a impulsividade e mudar a maneira como veem o mundo. Para justamente, não cair nesse ciclo de uso novamente.