Gays consomem mais drogas? Essa é uma pergunta muito comum, mas será mesmo que a verdade é um sim, ou apenas um mito?
Por mais que o Brasil seja um país colorido, com a maior população LGBT do mundo, isso não significa que se “queer” aqui é fácil.
Além desse ranking, o Brasil ainda lidera o pódio quando o assunto é morte de travestis e de homens do público LGBT. Ano após ano, os dados ainda são assustadores e em 2023 foram 184 assassinatos.
Mas o que esses dados tem a ver com a questão dos gays consumirem mais drogas que o público hétero?
Pressões sociais, dicriminação, falta de apoio, condenação religiosa, marginalização e sexo químico são fatores que podem contribuiem para o uso de substancias para fugir da realidade ou para alívio estresse emocional.
Assim, se você quer saber o porque do público LGBT consumir mais drogas e substancias psicoativas, então continue a leitura e descubra o porquê. Boa leitura!🙂
Estudos mostram (UNODC) que o consumo de substâncias entre a população LGBT é significativamente maior do que entre a população heterossexual .
Pesquisas indicam que homens gays e bissexuais usam drogas em uma taxa muito maior, com 51% tendo relatado uso de drogas no último ano, comparado a 12% dos homens em geral.
As causas incluem estresse, discriminação e preconceito, fatores que tornam essa comunidade mais vulnerável ao abuso de substâncias.
Veja o percentual de abuso de substância por parte da população LGBTQIAPN+:
Além disso, as barreiras para o tratamento, como discriminação e falta de acolhimento, agravam o problema.
O consumo de drogas entre pessoas LGBTQIA+ é mais alto por uma série de razões ligadas ao estresse e discriminação que essa comunidade enfrenta.
A marginalização, o preconceito e a falta de aceitação familiar e social são alguns dos fatores principais que podem levar ao uso de substâncias como uma forma de lidar com a ansiedade, depressão e outros problemas emocionais.
Esse fenômeno é chamado de “estresse de minoria” e está diretamente relacionado às experiências de exclusão e violência que muitos gays, lésbicas e pessoas trans enfrentam, tanto na vida pessoal quanto em ambientes como escolas e trabalho.
O chemsex, ou sexo químico, é uma prática de sexo sob o uso de substâncias psicoativas, cada vez mais comum entre homens gays e bissexuais.
Além de ser uma maneira de potencializar o prazer, com o uso frequente de poppers, álcool, maconha e cocaína, essa prática também está fortemente ligada a fatores sociais e psicológicos.
Muitos desses homens enfrentam desafios em aceitar sua sexualidade, afetados por preconceitos e discriminações vivenciados ao longo da vida, o que pode resultar em baixa autoestima, inseguranças sobre o corpo e desempenho sexual, além de solidão e busca por pertencimento.
As drogas, nesse contexto, acabam sendo uma forma de aliviar essas pressões e facilitar a expressão sexual, apesar dos riscos e possíveis danos envolvidos.
O sexo químico também está associado a comportamentos de risco significativos. O uso excessivo de drogas pode levar à dependência química, criando um ciclo difícil de quebrar e que afeta a saúde física e mental.
Além disso, o sexo com múltiplos parceiros, muitas vezes sem proteção adequada, aumenta consideravelmente o risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como:
Esses comportamentos não apenas colocam em risco a saúde individual, mas também têm implicações para a saúde pública, já que podem contribuir para a propagação dessas doenças.
Portanto, é essencial abordar o chemsex com um olhar atento à prevenção e ao cuidado, para reduzir esses riscos e promover práticas mais seguras e conscientes.
20 mitos e verdades se os gays consomem mais drogas
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