Uma pesquisa divulgada pela Unifesp e publicada na revista IstoÉ, revela que o Brasil é o maior mercado mundial do crack, ou seja, nós temos grande parte da população dependente da substância que sofre os efeitos do crack no organismo e na vida social. Os problemas que permeiam o indivíduo adicto à droga são grotescos e variam entre prisões, mortes em decorrência de DST ‘s não tratadas e assassinatos.
O Lenad (Levantamento Nacional Álcool e Drogas) demonstrou que o Brasil representa 20% do total de crack consumido no mundo. Uma média de 2,6 milhões de brasileiros já utilizaram pelo menos uma vez a droga. Quanto à cocaína, 6 milhões de pessoas experimentaram pó pelo menos uma vez, resultando em 4% da população adulta segundo pesquisas. Além do mais, a região sudeste do Brasil lidera o consumo com 46% do total de usuários.
Com um mercado emergente onde a droga é barata, a população que experimenta essas substâncias pela primeira vez corre o risco de se tornar dependente rapidamente. Segundo uma matéria apresentada pelo El País, em torno de 21% das pessoas que experimentam a cocaína se tornarão dependentes.
Quando o assunto é o crack, os dados apresentam peculiaridades e demonstram que a maioria dos usuários que se tornam dependentes crônicos e que vivem em situação de miséria moral e social, tendem a um certo padrão. Com uma taxa de 50% maior de impacto no cérebro em comparação com a cocaína, há uma propensão ao vício elevada. O crack é apaixonante, mesmo para quem o utiliza pela primeira vez.
Com essa paixão pela substância à primeira vista, os usuários tendem a voltar suas vidas para a manutenção do uso. Passar por cima do caráter, cometer crimes e delitos para poder comprar a droga são comuns. Contudo, muitos usuários que se tornam assíduos perdem a mão logo no início e começam a sofrer consequências severas do efeito da droga.
Como a substância é estimulante e atua fortemente no córtex pré-frontal, no sistema de recompensa do cérebro, usar cada vez mais pedras é o desejo do usuário, justamente para manter a sensação que se esvai rapidamente. Como resultado, o estado em que a pessoa fica por conta do crack é devastador.
Podemos dividir os efeitos do crack no organismo em duas partes, sendo uma delas sem estar em situação de rua, e estando morando nas ruas. É triste relatar isso, mas infelizmente é uma realidade dos usuários no país.
Usando crack em casa com recorrência
Quando uma pessoa começa a usar a droga em casa com recorrência, logo os os efeitos do crack no organismo e nas atitudes do indivíduo começam a aparecer. A droga gera a aceleração dos batimentos do coração, aumento da pressão arterial, pupilas dilatadas, sudorese, tremores e excitação. Euforia, sensação de poder e aumento da auto-estima são os efeitos psicológicos causados. (Fonte: BVS Atenção Primária em Saúde)
Se isso ocorre quando se usa uma vez, imagina manter esse uso durante horas e por longos períodos. Assim como a cocaína, o crack tira o apetite e normalmente a pessoa começa a perder peso rapidamente. Por ser uma droga fumada, o indivíduo apresenta queimaduras ou até mesmo bolhas nas regiões dos lábios e dedos. Logo após o efeito passar, o dependente quer outra dose, e sintomas como irritabilidade e confusão mental podem ocorrer.
Concomitantemente, a família percebe que a pessoa que está usando, está com atitudes diferentes, não apenas na aparência física mas nos comportamentos. Em alguns casos, o dependente começa a pegar dinheiro escondido, vender objetos da casa ou até mesmo se prostituir para continuar usando as pedras. Porventura, alguns são colocados para fora, já que a família não concorda com o processo, em outros casos o próprio dependente sai de casa para continuar usando com maior liberdade.
Estando em situação de rua
Se em casa os efeitos do crack no organismo são notáveis, estando em situação de rua há uma piora do quadro. Emagrecimento contínuo, sujeito a doenças infecciosas, rachaduras nos pés por andar descalço, pele precocemente envelhecida, perda dos dentes por falta de escovação, odor forte por falta de banho são sinais comuns e aparentes.
Contudo, a rua pode ser o local ideal para contrair doenças sexualmente transmissíveis como o HIV e hepatite, já que muitos usuários se prostituem. Marginalizado socialmente e perambulando pelas biqueiras atrás de doses para sentir a “brisa”, os dependentes da droga podem cometer delitos na esperança de mudar de realidade ou também para conseguir mais unidades de crack.
Alguns vão para a cadeia, porém, outros não têm a mesma sorte já que podem ser mortos pela violência que permeia o tráfico de drogas.
Há casos em que o organismo de um usuário de crack fica comprometido para sempre, pois contrair doenças como o HIV, desenvolver distúrbios comportamentais, endocardite infecciosa, enfisema pulmonar, desnutrição, insuficiência renal e hepática e ter o comprometimento cerebral, são problemas que os “cracudos” podem adquirir ao longo moradia na rua e uso conjunto de crack.
Por isso, recorrer ao processo de internação é um meio de salvar a vida de uma pessoa que está acorrentada à substância. Independente do tipo de recurso terapêutico, tirar o usuário da rua é uma forma de evitar com que se contraia e se propaguem essas doenças.
Os efeitos do crack no organismo podem ser estancados, já que a internação é um meio de trazer a consciência do usuário à tona. Sem acesso à droga o paciente institucionalizado começa a ver as perdas que estavam acontecendo em meio a turbulência do crack.
Por isso, entre em contato com o Grupo Braços Abertos e o Ache Aqui Clínicas, como uma das maiores redes de encaminhamento e direcionamento de pacientes adictos a drogas e álcool do estado de SP, você pode confiar plenamente em nossos serviços. Internar quem realmente precisa de recurso terapêutico é estender a mão e dar uma nova maneira de viver à pessoa. A dependência química não perdoa, e se não tratada, tira a vida do usuário. Faça sua parte, ligue para (11) 93744-7594 e converse com nossos agentes.
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