Consumo de tarja preta por parte dos profissionais bancários

Consumo de tarja preta por parte dos profissionais bancários

Consumo de tarja preta por parte dos profissionais bancários

Uma matéria do R7 Noticias apresentada em 2018 sobre o consumo de 56,6 milhões de caixas de medicamentos para a ansiedade e para dormir, demonstra que cada vez mais estamos usando de remédios para suprir nossa ansiedade crônica, o que realça a questão do consumo de tarja preta por parte dos profissionais bancários, uma das profissões que gera mais desgaste no trabalhador.

A pressão por atingimento de metas e estresse são as principais fontes de doenças dos bancários. A Rede Brasil Atual fez uma matéria sobre os problemas enfrentados pela categoria e que infelizmente tendem a ser cada vez maiores. O sindicato dos bancários de Osasco – SP (Seeb/SP) demonstrou que a pressão para que sejam cumpridas as metas individuais da agência, da regional e do banco, como um todo, são o ponto chave para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade, depressão e distimia.

Em torno de 65% dos bancários jovens, reclamam de estresse. Outros 52% afirmam ter dificuldades para relaxar por conta da necessidade de alta produtividade. O cansaço e fadiga acometem 47% e destes, 40% afirmam sentir formigamento nos ombros, braços e mãos.

Na matéria, o problema da organização bancária, é que os caixas são os profissionais que mais sofrem por conta de afastamentos, já que lidam diretamente com o capital do banco. Eles sentem falta de treinamento adequado e 44% confessam que aprenderam seu trabalho observando colegas e com erros que lhes custam quebras de caixa.

O assédio moral é vertical e acomete tanto homens quanto as mulheres. Em torno de 24% dizem ter vivido situação de constrangimento, mas quando são descritas algumas das experiências vivenciadas por parte do grupo, as taxas se elevam para 42%.

Além do mais, com o digital crescendo exponencialmente, as agências bancárias estão se tornando locais menos frequentados. Assim, ano após ano, mais profissionais são desligados dos grandes bancos. O que aumenta o medo de se tornar um desempregado.

Portanto, com tantos problemas enfrentados por esses profissionais, recorrer ao recurso medicamentoso para amenizar os efeitos do trabalho, faz com que o consumo de tarja preta por parte dos profissionais bancários seja elevado em comparação com outros profissionais.

Farmacodependência de tarja preta é um alerta para a categoria dos profissionais bancários

Farmacodependência de tarja preta é um alerta para a categoria dos profissionais bancários

 A dependência medicamentosa, assim como a dependência química, é perigosa e pode causar danos, então a farmacodependência de tarja preta é um alerta para a categoria dos profissionais bancários. Estar preso ao consumo de um medicamento ansiolítico ou até mesmo um calmante para enfrentar a dura realidade do trabalho é algo que deve-se pensar duas vezes.

Além do mais, a classe bancária apresenta alta incidência de Síndrome de Burnout, um transtorno de tensão emocional de caráter depressivo relacionado ao trabalho em que o estresse leva a pessoa ao esgotamento e exaustão. Então, o uso de medicamentos para a ansiedade e depressão é uma estratégia defensiva em que, traz uma falsa sensação de controle e tolerância às pressões do trabalho. (Fonte: Pepsic ; Sara Fernandes Picheth , Elisa Yoshie Ichikawa)

Ansiolíticos e antidepressivos, assim como os benzodiazepínicos têm apresentado um crescimento no número de vendas absurdo. Rivotril®, Lexotan® e Xanax® vendem aos montes, mas cobram um alto preço, a dependência do uso recorrente e em alguns casos, lesões permanentes no cérebro.

Contudo, assim como nas drogas, ao longo que se consome um medicamento, o corpo incontrolavelmente começa a desenvolver tolerância à substância. Ao final, se necessita de um medicamento com potência maior para induzir o mesmo processo, ou, aumentar as doses para obter a mesma sensação de relaxamento pode vir a ocorrer.

Medicamento tarja preta e os seus prejuízos

Já que o consumo de tarja preta por parte dos profissionais bancários tem aumentado, deve-se atentar para que se evite cair no princípio de aumento de dose progressiva, então saiba que o medicamento tarja preta e os seus prejuízos podem ser irreversíveis em alguns casos.

Consumir um remédio controlado durante longos períodos pode ser prejudicial, ou também piorar a situação do profissional. Como esses medicamentos atingem certas áreas do cérebro onde a concentração é afetada, por mais que não se sinta aquele estresse devido o uso do remédio, a distração ou perda de concentração podem ser recorrentes. Mais distraído o profissional pode cometer erros que resultarão em mais cobranças e maiores problemas.

Dependendo da ocupação, esses erros podem custar parte do salário do profissional, como exemplo os trabalhadores de caixas. Cometer erros pode resultar em quebra de caixa e posteriormente em perda de pagamento para poder supri-la.

Também pode ocorrer a farmacodependência que, assim como a dependência química, é progressiva. Mais quantidades de medicamentos serão necessárias para sanar os mesmos processos de ansiedade. Estes, podem resultar em mais erros e consequentemente, mais cobrança. Assim, o ciclo se repete continuadamente e a única pessoa que vai sair lesada, é o profissional que toma essas medicações.

Como mudar a realidade e fugir do medicamento tarja preta?

O melhor que o trabalhador tem a fazer é realizar um acompanhamento médico psiquiátrico. Deste modo, caso seja diagnosticado um transtorno e houver a necessidade de medicamento por períodos longos, tomá-los corretamente é importante. Contudo, a psicoterapia ajuda a diagnosticar através da terapia cognitivo comportamental os gatilhos da ansiedade.

Como mudar a realidade e fugir do medicamento tarja preta não é fácil e muito menos simples. Assim como pacientes dependentes químicos têm problemas para se livrar da droga, os trabalhadores bancários que já realizam tanto a psicoterapia, como atividade física e mesmo assim se sentem desmotivados, devem rever seus conceitos quanto à instituição bancária e o uso das medicações.

Por fim, o consumo de tarja preta por parte dos profissionais bancários é alto, mas há uma esperança, uma mudança de realidade. Mesmo se você não conseguir parar de tomar as suas medicações e se sentir mal por conta disso, saiba que você não está sozinho. A farmacodependência tem tratamento e local para realizá-lo, entre em contato com o Grupo Braços Abertos que iremos te ajudar.

AUTOR: Renan Rugolo Ré

AUTOR: Renan Rugolo Ré

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