Como funciona o Comportamento do Adictivo

Como funciona o Comportamento do Adictivo

Vamos à festas e usamos; pintamos e bordamos; porém surgem questões em que até que ponto estamos em pleno exagero, ou como sabemos quando estamos entrando na dependência química? Começa-se este texto com essa indagação mais que reflexiva, mas algo que envolve em como lidar com o presente defronte essas situações. E qual o caminho à ser escolhido? Um caminho promissor ou um de desejos?

Antes mesmo de começarmos a tratar dessas questões, devemos levantar outras indagações em como a vida do indivíduo que está dentro de uma rotina que aparentemente é normal (para ele), pode evoluir para um processo de uso compulsivo e obsessivo de uma substância psicoativa que, pode consumir e destruir com a vida dessa pessoa.

Portanto o Grupo Braços Abertos disponibilizará uma série de artigos, que além de ajudar a compreender como é o processo de evolução da doença da dependência, poderá servir de base para a necessidade de um tratamento mais incisivo no âmbito da doença do comportamento adictivo aliado ao consumo de entorpecentes, medicamentos e álcool.

Comportamento Adictivo

Um dos primeiros passos a serem tomados e dados, é a questão da compreensão do que é um comportamento adictivo. Justamente para que sirva de base de conhecimento para que as próximas indagações e sugestões oferecidas por este artigo, de direcionam sua resposta.

O comportamento adictivo é um tipo de comportamento que surge devido à suprir uma situação caótica, de desespero de maneira fugitiva. Ou seja, a pessoa tende a utilizar esse comportamento para fugir dessa situação. Além do mais, esse comportamento está atrelado como se fosse um supressor emocional. Ele serve como alívio para o indivíduo que quer se esquivar de sensações ruins e que geram ansiedade e desconforto.

Normalmente tais comportamentos já surgem durante a infância e juventude. E infelizmente, caso não haja uma mudança comportamental efetiva, seguirão durante toda a fase adulta e velhice. Sendo assim, podemos exemplificar alguns comportamentos adictivos como manipulação, mentiras, mitomania, consumo compulsivo em todas as atividades e produtos, comer menos ou demasiadamente. Há uma infinidade de relatos de comportamentos adictivos porém eles tecnicamente e na maioria das vezes estão ligados à extremos. Seja por muito ou por pouco.

Amizade Perfeita

A questão dos excessos (compulsão e obsessão) está muito atrelada à esse comportamento, porém vamos focar na sujeição química, como sabemos quando estamos entrando na dependência química? Até que ponto esse comportamento está ligado à substância e de que maneira ele influencia na sua vida?

Como estamos falando de excessos, justamente para fugir de situações que nos desagradam, é normal utilizar de meios emocionais para conseguir o foco: “Total fuga da Situação”. Essa fuga pode estar atrelada ao consumo de produtos, consumo demasiado de comida (Transtornos Alimentares), consumo exagerado de redes sociais (Dependência Digital), vício em smartphone (nomofobia), vício em sexo (ninfomania), e consumo de sunbstancias psicoativas independente de licitude.

Como o foco deste artigo é a dependência química, umas das dependências mais perigosas que existe, deve-se dizer que o comportamento adictivo dentro do consumo de entorpecentes realmente é a amizade perfeita mas exponencialmente perigosa. Considerada por diversas autoridades governamentais como uma das doenças mentais mais perigosas e letais do globo.

Impossível Ficar Sem

Como sabemos quando estamos entrando na dependência química? É muito simples responder essa pergunta. Quando ficar sem a substância é doloroso. Quando começa a ser impossível viver sem. Quando os pensamentos de como conseguir e como consumir se tornam incontroláveis. Quando ficar sem um dia de consumo é a morte, ou seja é impossível ficar sem.

Muitas dos relatos de dependentes químicos em grupos de apoio como Narcóticos Anônimos (N.A) e rodas de conversas em Amor Exigente (A.E) demonstram que as substâncias são diferentes, mas os fins e os meios de conseguir são os mesmos e envolvem todo o processo de manipulação, mentiras, desejo exacerbado, consumo demasiado e todos os modos que estão implícitos os comportamentos adictivos.

Viver sem drogas seria o fim para uma pessoa que não consegue deixar de usar. Largar da substância é literalmente a morte. Quando se vê pessoas em situação de rua, situação de extrema e pesada drogadicção é justamente porque essas pessoas não conseguiram o devido tratamento e cederam aos processo que estão ligados ao consumo. Se prostituindo, pedindo, largando tudo e a todos justamente para poder suprir certas fragilidades através das drogas.

Como Agir?

Quando foi citado no começo deste artigo a necessidade de certas indagações e conhecimentos para poder se chegar à um consenso e ter a resposta final, a conclusão está por vir em breve. Analisar um pouco da sua rotina, entender até que ponto certas “extravagâncias” estão influenciando na sua vida e com que frequência estão rescindindo, é importante realizar uma análise. Entender como são suas atitudes agora é mais que necessário para poder dar o primeiro passo: decidir qual caminho escolher.

A maioria das pessoas que estão dentro do contexto do comportamento adictivo se não tiverem a ajuda de um profissional da saúde como psicólogo ou psiquiatra, não conseguem fazer o famoso PARE e PENSE. O ritmo está tão frenético que o cérebro acostuma com aquele tipo de comportamento na espera da ação necessária para conseguir o que se deseja, a substância. E as consequências para si mesmo são negativas em decorrência de tais atitudes.

A Cartada Final

Decidir qual o caminho escolher é fundamental e apesar de ser assustador, muitos dependentes, preferem a dor. Quando falamos de recuperação da dependência química, normalmente é 1% dos dependentes que não recaem depois do primeiro tratamento em uma instituição. Ou seja, as pessoas ainda escolhem o caminho mais doloroso, mas o mais prazeroso momentaneamente, o das drogas.

Parar e pensar em como mudar de atitude e agir é o mais necessário para se tratar. E se o título desse artigo – “Como sabemos quando estamos entrando na dependência química – serviu para você nesta leitura, parabéns, você já deu o primeiro passo. Que é necessidade de se auto conhecer e conhecer seus limites para ter uma escolha muito mais consciente e dar a cartada final.

AUTOR: Renan Rugolo Ré

AUTOR: Renan Rugolo Ré

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