O artigo relacionado tem como propósito dar suporte aos usuários de algum tipo de substância química que, muitas vezes, se perguntam: como sabemos quando estamos entrando na dependência química? Essa indagação gera muitas controvérsias, uma vez que cada organismo reage a uma maneira diferente e por isso dificilmente podemos delimitar uma margem de segurança entre o uso seguro de substâncias psicoativas e a dependência química. Porém, há características bem específicas que serão relacionadas mais adiante. De qualquer forma, em ambos os casos, o seu consumo é disfuncional. Antes de estendermos a maiores detalhes, ressaltamos que é fundamental a busca do auxílio de profissionais capacitados que irão analisar o seu caso individualmente e dar a intervenção necessária e as orientações de forma mais específica. É importante saber que, o quanto antes buscar esse tipo de auxílio, melhor será para lidar com o tratamento e menor será os dano causado à sua saúde e à sua vida social.
Conforme mencionado, antes de esmiuçarmos sobre como sabemos quando estamos entrando na dependência química, iremos esclarecer algumas dúvidas recorrentes:
Qual o perfil ou o tipo de pessoa que pode gerar a dependência química?
O uso de substâncias psicoativas é um problema de saúde pública. Pesquisas científicas apontam que qualquer pessoa que está sujeita ao uso de drogas, lícitas ou ilícitas, pode ficar dependente. Porém, os efeitos desses psicotrópicos variam conforme a especificidade de cada organismo. Isso independe de sexo, raça, vida laboral, estado civil e outros e sim na forma como cada indivíduo reage a esses estímulos.
Mas, pessoas de todas as gerações na condição de drogadito devem se perguntar “como sabemos quando estamos entrando na dependência química” e se faz parte de algum grupo mais vulnerável. A verdade é que todos ao utilizarem qualquer tipo dessas substâncias, que provocam alterações no estado mental e comportamental, está exposto a comprometimentos severos na saúde psicológica e fisiológica, além do afastamento social de entes queridos.
Qual a geração que pode ter maior dependência química?
Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, mais de 35 milhões de pessoas em todo mundo sofrem de transtorno por uso de entorpecentes. Todas as gerações estão nessas estatísticas, sejam crianças, adolescentes, jovens adultos, adultos maduros e idosos. Mas, sobretudo os jovens merecem maior atenção por serem o grupo mais vulnerável, porém a sua dependência pode ser relacionada a qualquer idade. Estudos apontam que a tendência ao uso de drogas é cada vez mais precoce, porém a busca por tratamento para a reabilitação é realizada mais por adultos, na faixa de 18 a 41 anos. Os resultados mais eficazes acabam sendo em pacientes que já sofreram muitos prejuízos a saúde e tiveram muitas perdas. Nesse índice elevado apresentado pela OMS, apenas uma pessoa se trata e muitos danos acabam sendo irreversíveis.
É preciso definir uma resposta para o tema “como sabemos quando estamos entrando na dependência química” para buscar ajuda?
Qualquer usuário de algum tipo de substância química deve se informar quanto aos danos que isso pode pode provocar no organismo. Seja uma droga lícita ou ilícita, o consumo desses produtos podem causar danos como a destruição de neurônios, impedindo a capacidade de pensar e realizar atividades; doenças psiquiátricas, como a esquizofrenia e a depressão; doenças no fígado e outros.
Portanto, é sempre importante salientar que o auxílio de profissionais capacitados para dar esse tipo de suporte é imprescindível. Muitas vezes, o usuário acredita usar a droga apenas como um recurso recreativo, seja por diversão, para desenvolver a criatividade ou até mesmo para relaxar e não se dá conta do quanto já está envolvido fisicamente e psicologicamente com o produto.
Portanto, independente de como sabemos quando estamos entrando na dependência química, é importante reconhecer que o uso da droga é prejudicial à saúde.
O que pode levar um indivíduo a consumir drogas?
Vários são os fatores que podem levar a pessoa a uma narcose. Muitas vezes, pode ser pela simples curiosidade. Já outras, por alguma crise específica de suas vidas ou até mesmo pela falsa crença de que o seu uso o levará à sua aceitação em grupos do qual deseja fazer parte.
Veja a seguir essa relação causal de acordo com a geração do sujeito:
– Criança: nessa idade, normalmente o ambiente familiar serve de “modelo”, se os pais ou alguma outra figura importante consome álcool ou qualquer outro tipo de droga, a tendência é a criança seguir esse mesmo caminho;
– Adolescência: nessa fase o jovem está em busca da formação da identidade e por isso a necessidade de participar de grupos pelo qual se identifica. Para sentir-se como parte, faz uso de álcool e drogas;
– Jovem adulto: uma vez o indivíduo já integrado a um grupo, o uso das substâncias psicoativas se intensificam e se tornam cada vez mais abusivas. Muitas vezes, essas drogas são misturadas e combinadas, como o álcool e algum outro tipo de droga ilícita;
– Adulto maduro: nessa etapa da vida existem perdas, medos e frustrações. O uso das drogas normalmente são uma tentativa iludida para substituir esses sentimentos de insatisfação;
– Idoso: em grande parte, o uso crônico de alguns usuários já na fase adulta pode se estender essa dependência à idade mais avançada. No entanto, as crises recorrentes dessa idade, como diagnósticos de saúde negativos, limitações e solidão, por exemplo, podem levar ao consumo de drogas.
A verdade é que não há um motivo específico para o consumo das drogas, mas algumas tendências de acordo com as fases da vida.
Mas, afinal, como sabemos quando estamos entrando na dependência química?
Essa pergunta pode trazer muitas polêmicas conforme já mencionado. Até porque outros pontos importantes, como o consumo da droga em si, já deve servir como alerta. No entanto, sabemos que essas substâncias psicotrópicas tem mecanismos diferentes no cérebro de acordo com a sua especificidade, trazendo quadros clínicos peculiares.
Compreende-se que esse uso pode progredir conforme o usuário não consiga lidar com as suas frustrações, por exemplo, e associe o momento breve da falsa sensação de “bem estar” que a droga pode oferecer. Essa decorrência pode progredir conforme o organismo se adapta a essas substâncias e o seu efeito se torna menos intenso, fazendo com que a pessoa repita o processo.
Alguns sinais comportamentais que podem estar associado a dependência:
– Perda de interesse outras atividades de lazer;
– Isolamento social;
– Mudanças no círculo de amizades;
– Mudanças de humor e comportamentos;
– Fissura, pensa o tempo todo em repetir o processo do uso da droga;
– Falta de auto cuidado;
– Ansiedade;
– Falta de cumprimento com responsabilidades.
Essas são apenas algumas características de como sabemos quando estamos entrando na dependência química, no entanto, a pessoa pode apresentar a maioria delas ou não se identificar com nenhuma e estar apenas no início desse processo.
É recomendado a busca de apoio de profissionais habilitados que possam dar suporte e tratamento que permitam um plano terapêutico e apoio psicológico apropriado, com intervenções específicas para cada paciente.