Codependência dos Familiares do Dependente Químico
Você já ouviu falar em dependência emocional ou codependência dos familiares do dependente químico? A equipe técnica do Grupo Braços Abertos vai explicar o quanto é comum que familiares de pessoas dependentes químicas possam atrapalhar o tratamento ao invés de ajudar, pelo menos inicialmente. Quer ajudar uma pessoa que usa drogas ou bebe? Então aproveite essa matéria.
Uma estatística publicada pelo portal G1 Ciência e Saúde sugere que 28 milhões de pessoas possuem algum parente dependente químico. Contudo essa matéria utilizou dados da Fiocruz e Unifesp de 2013 mas, sabemos que com a explosão no consumo de drogas e álcool no período da pandemia do coronavírus, houve uma piora no quadro estatístico.
Se tantas famílias hoje possuem um parente que é dependente químico, será que todas elas sabem como proceder no auxílio ao tratamento de um indivíduo com uma doença como esta? Você sabe o que é codependência emocional?
O Blog Psicologia Viva apresentou uma definição clara desse tipo de comorbidade emocional. Caracterizada como transtorno emocional, a codependência é um tipo de dependência excessiva de uma pessoa para com a outra, mesmo que isso signifique que a relação entre os envolvidos faça mal para algum deles. Contudo, esse desgaste normalmente pode pôr a saúde mental de quem é codependente em jogo.
Não há um vínculo saudável para com o outro, receber sofrimento pode também acarretar na produção dele. Há uma necessidade clara de manter uma relação sempre em dificuldades para que haja um vínculo entre ambas as partes. Ter baixa autoestima, criar sempre muitas expectativas, falsas ilusões, negação da realidade e medo da perda da pessoa, são características de pessoas codependentes.
Exemplos clássicos de codependencia são: a namorada que exige 24 horas do parceiro a dedicação; esposa que sofre num relacionamento abusivo e não se divorcia; avós que pagam dívidas de traficantes para o neto e pais que fazem todas as vontades dos filhos com medo de não serem amados.
Devemos salientar este último justamente porque está ligado à questão primordial deste texto. Mesmo querendo suporte ao procedimento de reabilitação do filho adicto, alguns pais fazem as vontades do menor ou do indivíduo. Postergando o procedimento de internação quando há imediatismo no tratamento.
Codependência é coisa séria e atrapalha o tratamento
Quando um filho manda em um pai, independentemente de idade e gênero, pode se estabelecer uma relação delicada e ruim, contudo, a codependência é coisa séria e atrapalha o tratamento em muitos casos de necessidade de institucionalização imediata.
Uma matéria postada no site da OAB de Mato Grosso por Mirtes Gisella Biacchi Turdera sobre a codependência química, demonstra que as pessoas que sofrem de dependência química têm um comportamento anormal decorrente do uso de substâncias psicoativas. Deste modo as famílias desses usuários crônicos, aos poucos vão adoecendo conjuntamente, e começam a ter uma relação desgastada.
“O tratamento deve ser sistêmico, pois se a família falhar, consequentemente o usuário falhará também” – Por falta de um apoio técnico para familiares de dependentes químicos, muitos não sabem como ajudar no procedimento que viabilize o recurso terapêutico.
A dependência emocional para com o usuário por parte de familiares como a preocupação excessiva e fixa para com a pessoa, pode ao longo, ser decisiva para uma não aptidão ao procedimento de internação. Pois há uma necessidade de estar perto, olhando e cuidando do usuário. A dependência afetiva é uma inabilidade de estabelecer relacionamentos saudáveis entre ambas as partes. Portanto, manter esses relacionamentos destrutivos é uma característica séria de pessoas que já sofrem deste transtorno.
Por conta disso é importante que os taboos da codependência dos familiares do dependente químico sejam quebrados. Além do mais, existem os CAPS para a orientação dessas famílias que não sabem como agir para com pessoas alcoólatras e usuários de drogas.
Aconselhamento sobre a codependência dos familiares do dependente químico
Quer ajudar alguém a sair das drogas, então se trate primeiro tendo o aconselhamento sobre a co-dependência dos familiares do dependente químico para posteriormente você agir com eficiência e eficácia. Procure aconselhamento correto em um médico, psicólogo ou se preferir as unidades CAPS.
Para poder estender a mão para quem precisa, é necessário que você esteja com as estruturas mentais reforçadas. Não cair nas jogatinas de poder ou nas ameaças que o dependente químico faz, já é uma forma de conseguir ajudar.
“Se você me internar eu me mato” ; “Você não me ama” ; “O que eu fiz para você para você me internar aqui”; tais verbalizações da doença da dependência química podem desestruturar pais que acabam por ceder as necessidades de filhos usuários justamente porque estão sob efeito de codependência, ou , adoecidos também.
Por isso partir para um aconselhamento sobre a codependência dos familiares do dependente químico é uma forma interessante de se blindar perante essas situações adversas e realmente fazer o que deve ser feito, o procedimento de internação em uma unidade de tratamento intensivo.
Grupo Braços Abertos e sua equipe ajudam na terapia livre da codependência dos familiares
Sabemos que dependência química é uma doença, que a codependência é coisa séria e atrapalha o tratamento do dependente químico e que o aconselhamento para familiares adictos emocionalmente é uma necessidade. O Grupo Braços Abertos e sua equipe ajudam na terapia livre da codependência dos familiares, entre em contato conosco pelo telefone (11) 93744-7594 que faremos todo o processo de internação em conjunto com você.
Sempre viabilizando as unidades próximas a sua localidade facilitando o procedimento da visita. Além do mais, tratar o dependente químico o distanciando da droga e o aproximando da família de maneira a criar um vínculo saudável, é a nossa obrigação.
Não deixe que as drogas levam a vida de quem se ama, e também não permita que a dependência dos familiares do dependente químico atrase ou postergue a internação de quem precisa de cuidados imediatos. A vida livre das drogas ou álcool é um privilégio de quem está no fundo do poço e não tem reais expectativas. Faça sua parte e proporcione cuidados especiais para quem realmente precisa.