Falar sobre alcoolismo, é algo comum em nossas vidas, entretanto, falar sobre clínicas de recuperação para alcoólatras não o é. Porque será que acontece essa inversão de valores? Justamente por conveniência. Quando falamos de pessoas que sofrem por algum vício, por comodidade e por ser algo marginalizado, imaginamos o dependente químico em uma situação de rua, ou de extrema pobreza e estado. Posto isso, não se imagina que as pessoas que são consideradas adictas em alguma substância estão próximas à nós ou se nós mesmos somos adictos à algo.
Falar sobre marginalização das drogas é algo muito interessante, porque concomitantemente à essa questão existe outra grandeza diretamente proporcional que é a marginalização das clínicas de recuperação. Como pode isso? Se as drogas são marginalizadas, como os espaços que realizam a recuperação de pessoas que estão perdendo a vida em prol a uma substância, também são marginalizados? É uma pergunta em que a retórica é grande, mas ao mesmo tempo, é real.
Essa matéria informativa que o Grupo Braços Abertos Grupo Braços Abertosestá disponibilizando em sua página, tem como principal aspecto falar sobre o quesito marginalização das clínicas de recuperação, marginalização das drogas e o porquê isso acontece com frequência. Será uma questão de cultura, será uma questão de marginalização devido à políticas adotadas no passado? Essas indagações são de extrema valia para darmos o pontapé inicial com relação ao tratamento em clínicas de recuperação para alcoólatras.
Consumo de Álcool
Quando fala-se do consumo de álcool, não pode-se deixar de citar a história, bebidas alcoólicas estão presentes nas raízes dos humanos desde ao longo da nossa trajetória. Desde a china antiga, há cerca 7000 anos, nas proximidades do Rio Amarelo já fôra registrado o consumo de bebidas alcoólicas. Além do mais o álcool também esteve presente nos povos Sírios, Egípcios, Babilônicos e Gregos. Nos primórdios do império Romano. O Falerno era um vinho servido às pessoas mais prestigiadas do governo e do império em si.
“Provavelmente seu teor alcoólico superava os 15% e a bebida repousava por pelo menos 10 anos em ânforas antes de ser considerada pronta – em muitos casos passava mais tempo, até que os vinhos brancos adquirissem uma cor dourada por conta do envelhecimento.”
(Fonte: Página Cinco – Falerno de 121 a. C.: o vinho que era sinônimo de luxo no Império Romano – Por Rodrigo Casarin 18/12/2018 10h55 – <https://paginacinco.blogosfera.uol.com.br/2018/12/18/falerno-de-121-a-c-o-vinho-que-era-sinonimo-de-luxo-no-imperio-romano/>)
Além do mais, o consumo de álcool vem se disseminando gradativamente ao longo da história, principalmente ligado à questões de comemoração. A idade média foi preponderante para esse tipo de questão. Foi na idade medieval que se popularizou o consumo de cerveja e de vinhos. Tanto entre as partes do cleros e da alta corte como entre os plebeus e vassalos. Além do mais, como o consumo abusivo da substância se tornou um problema sério e grave, devido às quantidades de pessoas que estavam se embriagando, a igreja condena a famosa “bebedeira”como pecado. Podemos até fazer uma analogia que a igreja foi deu um pontapé inicial quanto ao quesito uso abusivo de substâncias, pena que naquela época nem se imaginava o que eram as clínicas de recuperação para alcoólatras.
Consumo de Drogas
“O consumo de diversas drogas é um fato histórico em diversas civilizações. Relatos do uso para finalidades diversas são destacadas ao longo da história. Cada povo e cada cultura possuem as suas peculiaridades no uso e no cultivo dessas drogas, que são utilizadas de diferentes formas que vão desde o aprimoramento físico, remédios para a cura das mazelas que atingiam as civilizações, até para a busca da sensação de humor, paz ou excitação. Esses povos geralmente não sabiam dos efeitos e consequências de tais drogas ao organismo.”
(Fonte: Portal da Educação – A origem das drogas na história e seu surgimento no Brasil – Site: <https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/a-origem-das-drogas-na-historia-e-seu-surgimento-no-brasil/60298>)
Entretanto o consumo de narcóticos se popularizou na década de 60 com o movimentos estudantis e hippies. Onde uma onda de pessoas que se consideravam “naturebas” e que contradiziam ao sistema vigente. Com o forte poder estudantil desta classe, surgiram movimentos feministas, dos negros e dos gays.
Manicômios
Antes de falarmos sobre hospitais psiquiátricos e clínicas de recuperação, deve-se salientar questões de tratamento de pessoas que tinham deficiência e transtornos mentais. Antigamente as pessoas que sofriam de alguma deficiência física ou intelectual, normalmente eram abandonados pela família em instituições chamadas manicômios. Esse nome se popularizou entre as décadas de 20 à 70 e só posteriormente, com a chegada da psicologia, psicanálise e psiquiatria em centros de tratamentos psiquiátricos. Entretanto, essas instituições tiveram uma péssima notoriedade, a de abandono. As pessoas literalmente eram esquecidas nessas instituições.
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Marginalização
Não é a toa que acontece a marginalização das clínicas de recuperação por parte da sociedade quando se trata de internação em instituições. Com um passado péssimo e como sinônimo de abandono, os manicômios implantaram na sociedade da época que estar mentalmente doente é uma questão de tempo para ser esquecido. Todavia com o passar do tempo foram se reformulando através de mudanças implementadas pelas secretarias de saúde e de governo. Muitas dessas instituições foram fechadas, algumas hoje reformuladas, se tornaram referência em centro de tratamento de doenças mentais.
Tratamento
Não é a toa que muitas das pessoas, mesmo na atualidade, ainda tenham receio em realizar o procedimento de internação, justamente por essa marginalização. E como foi declinado anteriormente nesta matéria, doenças mentais eram sinônimo de que a pessoa iria sofrer e ser esquecida, e a dependência química é considerada doença mental. Entretanto a história vem mudando esse processo todo de marginalização. Hoje existem instituições renomadas no tratamento da doença do comportamento adictivo.
E o Grupo Braços Abertos está juntamente dentro dessas instituições com renome nacional. Somos referência no tratamento do alcoolismo e de pessoas que sofrem com a dependência de narcóticos. Sabemos o quanto é difícil se isolar e perder parte dos sonhos por causa de uma substância, independente de licitude, mas ao mesmo tempo sabemos como ajudar no processo de recuperação e de retomada da vida.