Jailton teve o Bar saqueado após o fluxo da cracolândia migrar da Praça Princesa Isabel para as ruas Gusmões e Santa Ifigênia, isso só demonstra que o crack é um medidor de problemas, violência e tráfico de drogas. As operações que começaram com dois policiais no patrulhamento local terminaram em reviravoltas e dispersão dos dependentes químicos.
Com o Grupo Braços Abertos você pode conferir como é o processo do fluxo e o porquê há violência onde ele se instala. Contudo, se não houver medidas efetivas para o tratamento dos usuários além de investimento em políticas públicas, essa realidade pode não ser mutável.
O que é o fluxo da cracolândia
O fluxo é o nome dado para a concentração de usuários em um determinado ponto, assim com centenas de dependentes químicos migrando de um local a outro torna-se impossível conter os arrastões e a violência que eles causam para poder conseguir recursos para manutenção do uso.
Saindo da rua Gusmões na altura da Rio Branco, muitos motoristas se viram na necessidade de buscar caminhos alternativos para não serem assaltados e roubados pelos usuários. Atualmente grande parte dos usuários estão passando e se instalando próximos as travessas da Santa Ifigênia.
No dia 5 de julho, terça-feira, uma dupla de policiais militares que estava em uma concessionária de veículos desativada em Rio Branco monitorava a situação e que logo forçou a PM a iniciar a operação que, segundo moradores, foi chocante.
Problemas sociais envolvendo a cracolândia em SP
Há 30 anos a população da maior cidade do Brasil ainda convive com os mesmos problemas por conta da cracolândia. O consumo de crack já era alto na cidade, mas no período pós pandemia essa situação se agravou muito e a demanda por drogas literalmente explodiu.
Alvo de diferentes gestões municipais, a Cracolândia se consolidou em função da ausência de políticas públicas, de urbanização e saúde. Todos esses anos a ideia era dispersar os moradores de ruas e usuários de crack por meio de ações policiais, mas já faz tempo que essa tática não funciona e não sabemos o porque ainda os governos insistem em realizar essa prática.
A violência e miséria moral
Na matéria do O Globo, em uma semana a região central de SP teve confrontos, agressão e gente ferida por conta do fluxo da cracolândia. As drogas reúnem um conjunto de pessoas que demandam por substâncias, traficantes e protetores do tráfico. A tensão é constante e ficar perto de um local como este é se expor à violência gratuitamente.
Comerciantes e moradores dizem que os confrontos entre policiais e usuários é recorrente, e que a violência e o perigo aumentam cada vez mais onde o fluxo passa. “Este ano, em 15 dias foram 24 flagrantes, ou seja, mais de um, quase dois a cada dia”, delegado do Denarc Luiz Carlos dos Santos.
Além do mais, a miséria moral que se instala na vida dos usuários é algo que temos que refletir sobre. A vida deles se resume à próxima dose, fazer qualquer coisa para conseguir recursos é válido, o que aumenta ainda mais o alerta de perigo para quem mora nas redondezas.
Além do mais, os usuários de crack desenvolvem diversos tipos de doenças em decorrência do uso crônico de pedra como a tuberculose, e consequentemente há altas taxas de HIV e ISTS. Podemos dizer que onde há crack, há danos.
Operação para conter o fluxo demonstra os problemas da cracolândia
Um bar da Santa Ifigênia, na zona central de São Paulo, foi saqueado na madrugada de quarta-feira, 6 de julho. A MSN notícias demonstrou a devastação da região quando a polícia civil começou a dispersar o fluxo da cracolândia na rua Gusmões. No total, 4 suspeitos foram presos e autuados por furto qualificado, os comerciantes ainda relataram que outros estabelecimentos foram alvo de assaltos e houve pancadaria no local.
Jailton, 52 anos, relata ter sido acordado por volta das 4h da madrugada com um telefonema de um morador de um prédio ao lado. “Em 32 anos com esse bar, nunca vi algo assim”, disse ao Estadão. Dono de um estabelecimento que fica na esquina da Guianazes, ele disse que o prejuízo foi de mais de 30 mil reais.
Delegado Roberto Monteiro
Para o delegado da 1ª Seccional Centro, não há relação direta entre o saque ao bar e a operação realizada pela Polícia Civil. Em depoimento ele relatou que não houve confronto durante a incursão. Para ele, os usuários invadiram o bar por conta da abstinência, já que a quantidade de drogas ainda é insuficiente, o que leva a crer que estavam atrás das bebidas alcoólicas.
Com todo esse problema no local, foram encontrados 5 carros da polícia rondando a Santa Ifigênia e vias ao redor, mas a pouco dali na Praça Princesa Isabel, local onde havia grande concentração de usuários, estava vazia e protegida pela GCM. A secretaria de Segurança Pública informou que houve intensificação de patrulhamento pelos agentes de segurança e há serviços de inteligência monitorando o tráfico. Confira o vídeo publicado por Volney Lima no Twitter sobre o fluxo.
Qual é a solução para a cracolândia?
A solução para a cracolândia não envolve apenas políticas locais, mas um conjunto de medidas e ações governamentais para mudar essa realidade. A cracolândia mais se assemelha com o dilema das prisões brasileiras. Prisão no brasil infelizmente não é um bom medidor para corrigir o problema da violência nesse país. O fator humano é o mais esquecido por esses órgãos, é preciso dignificar e mostrar que podem haver mudanças.
Diminuir a demanda por drogas exige um conjunto de esforços de toda a sociedade brasileira, desde a conscientização dos pequenos e jovens para que não ingressem no mundo das substâncias até a prisão de drogas e de integrantes do tráfico. Só assim a oferta e demanda baixam, mas será que isso é utopia?
Vivemos em um país que ainda é deficitário em diversas políticas públicas, principalmente pelo aspecto da corrupção. Se há “mutretas” e “bandidagem” instaladas no setor que comanda outros setores, como mudar a realidade para pessoas que estão nos níveis mais baixos da pirâmide? Fica essa reflexão.
Tratamento para dependentes de crack é no Grupo Braços Abertos
Porém, o tratamento de pacientes dependentes químicos é uma alternativa viável para minimizar os danos e consequentemente baixar a demanda por drogas. Assim, com o Grupo Braços Abertos é possível escolher a melhor unidade que atenda os recursos financeiros da família e realize o tratamento da melhor maneira.
Seja em SP e no interior, como no Paraná, Bahia, Rio de Janeiro e Santa Catarina, você pode realizar o procedimento de internação com a segurança que nossos profissionais irão cuidar do fator humano e auxiliar o usuário a mudar seu comportamento e atitudes perante a vida. Com a melhor estrutura e o maior complexo de encaminhamento e direcionamento de pacientes, você pode confiar.
